terça-feira, 20 de março de 2012

Texto - Roma Antiga

Professor: Paulo Jardim
ASSUNTO 1: ROMA ANTIGA

1. INTRODUÇÃO
   A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por esta  civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios da Antiguidade.


2. A ORIGEM MITOLÓGICA DE ROMA:  
   Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.

3. A MONARQUIA ROMANA (753 A.C A 509 A.C)
   De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas.  Estes povos desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios (nobres proprietários de terras) e plebeus (comerciantes, artesãos e pequenos proprietários). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia. Num período lendário, Roma foi governada por sete reis que tinham poder absoluto. Por volta de 575 a.C., os reis etruscos dominaram Roma e influenciaram decisivamente o início da civilização romana. Aos poucos, esses reis deram lugar a outros monarcas, violentos e tirânicos, que desprezavam as opiniões do Senado.

4. A REPÚBLICA ROMANA (509 A.C. A 27 A.C)
   Durante o período republicano, o senado Romano ganhou poder político. Os senadores cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe. A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação política e melhores condições de vida. Uma das conquistas destas lutas foi a Lei das Doze Tábuas que acabou com a escravidão por dívidas.

5. A FORMAÇÃO E EXPANSÃO DO IMPÉRIO ROMANO
   Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general  Aníbal, nas Guerras Púnicas (século III a. C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum. Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina. Observa a extensão máxima do Império no mapa baixo.

   Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou. Roma tornou-se uma grande cidade parasita, que importava grande quantidade de mercadorias de luxo e especiarias orientais, trigo da Sicília e do norte da África, azeite da Espanha e escravos de todo o imenso território colonial, além de metais, vidro, cerâmica, vinho, cavalos, tecidos, lã, tapetes, madeira, mármore,...
   Porém, com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou uma grave crise nas cidades e nos campos. Muitos plebeus (homens livres e independentes) perderam suas terras caíram na miséria, pois não puderam competir com a produtividade dos escravos. E os clientes (empregados livres do s patrícios) perderam seus
empregos para os escravos. Esta massa de desempregados do campo migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o Estado (governo) criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos  alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.

6. AS RELAÇÕES COTIDIANAS NA ROMA ANTIGA
   Além da luta de gladiadores, outras "modalidades" de lazer atraíam o homem romano. Os espetáculos faziam parte das relações cotidianas, e os homens admiravam o teatro, as corridas de carro no circo, realizavam banquetes, praticavam o jogo de dados e frequentavam os banhos públicos. Estas atividades de lazer eram usufruídas por toda a população, independente de distinção social. O preço dos ingressos, quando cobrados, era bastante módico, o que permitia o acesso a todos os homens livres e escravos, mulheres e crianças, cidadãos romanos e estrangeiros.
   Os banhos eram muito procurados, pois significavam para os romanos desfrutar de um grande prazer e não necessariamente apenas uma prática de higiene. É como ir à praia ou ao clube entre nós. Inicialmente realizados em estabelecimentos modestos, os banhos públicos vão se desenvolvendo até constituírem verdadeiras "termas" construídas sob edifícios luxuosos, onde os homens usufruíam, além dos banhos, de ginásios, jardins, lojas e até bibliotecas. Havia geralmente três ou quatro qualidades de banhos, e os homens escolhiam desde os mais frios até os mais quentes. Outra ocasião de convívio com os amigos era o banquete ou as reuniões em taberna, onde apreciavam uma longa conversa, acompanhada de boa comida e farta quantidade de bebida.
   O banquete caracteriza uma verdadeira festa, em que, após a refeição, momento em que se consome muito vinho, a reunião prosseguia com danças e cantos para divertimento dos presentes. Havia também o banquete com caráter religioso; os romanos convidavam os amigos para assistirem, em suas casas, à oferenda de sacrifícios, o que os honrava ainda mais que simplesmente convidá-los para jantar. Portanto, os cultos religiosos eram festivos, através dos quais os deuses se divertiam, pois ali encontravam o mesmo prazer que os homens. O ato principal do culto às divindades romanas era o sacrifício, seguido de uma refeição em que se comia o animal imolado. Sabe-se que os grandes templos eram equipados de cozinhas e, após o cozimento do animal no altar, sua carne era oferecida aos assistentes, enquanto a fumaça era oferecida aos deuses.

7. A CRISE E DECADÊNCIA DO IMPÉRIO ROMANO
Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, diminuiu o pagamento de tributos originados das províncias. E, sem dinheiro, o Estado romano não conseguiu manter seu imenso exército para protegê-lo. Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares. 
Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do Império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla. Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.


8. A CULTURA ROMANA
   A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.
Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
   A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol.
   A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar a lenda de Rômulo e Remo.


9. A RELIGIÃO ROMANA
   Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Grande parte dos deuses romanos foi retirada do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características (qualidades e defeitos) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família.
10. A IMPORTÃNCIA DE ROMA PARA A ATUALIDADE
   Muitos aspectos culturais, científicos, artísticos e linguísticos romanos chegaram até os dias de hoje, enriquecendo a cultura ocidental. Podemos destacar como exemplos deste legado: o Direito Romano, técnicas de arquitetura, línguas latinas originárias do Latim (Português, Francês, Espanhol e Italiano), técnicas de artes plásticas, filosofia e literatura.

11. A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO ESCRAVO NA ROMA ANTIGA
   No processo histórico da República Romana, a mão de obra escrava também teve um papel fundamental. No início, sobretudo durante a realeza e nos primeiros tempos republicanos, a escravidão não desempenhou um papel significativo. Mas, na época do processo de expansão territorial empreendido durante a República, o número de escravos aumentou consideravelmente.
   Sendo assim, concluímos que a origem do escravo romano é a guerra, ou seja, os derrotados pelo Exército eram capturados e escravizados, constituindo a base da mão de obra agrícola e de outras atividades produtivas que sustentavam a economia romana. A redução do homem livre endividado à condição de escravo e o comércio internacional, além da guerra de conquista, foram outras importantes fontes de obtenção de escravos. A condição de vida e o tratamento dispensado ao escravo variavam de acordo com a sua origem, a atividade que desempenhava e o meio em que vivia.
   Nas cidades, os cativos ocupavam-se de atividades, como a manufatura, o comércio ou os serviços domésticos. Era comum os proprietários utilizarem esses cativos como "escravos de luxo", os quais desempenhavam as funções de cozinheiros, escribas, administradores, secretários e vários outros ofícios a serviço de seu senhor. Portanto, não havia uma tarefa específica destinada à mão de obra escrava. As condições subumanas em que vivia grande parte dos escravos romanos, ocasionaram várias rebeliões.
   Uma das revoltas mais significativas foi a Revolta de Espártaco em 73 a.C. Este era um dos muitos prisioneiros ou escravos rebeldes destinados à breve vida de gladiador em Roma. Liderando um pequeno grupo de gladiadores, Espártaco consegue incitar os escravos da Itália à rebelião, chegando a formar um exército de cem mil combatentes. A revolta foi sufocada pelo cônsul Licínio Crasso. Em 71 a.C., após derrotar a legião de rebeldes, Crasso mandou crucificar seis mil escravos, como símbolo de sua opressão. Espártaco, por sua vez, acabou se transformando em um eterno símbolo da luta dos oprimidos pela liberdade.

Fontes: imagens
www.historiaon-line.vilabol.uol.com.br
www.colband.com.br
www.picsbox.biz/key/imperio%20romano
www.theancientworld.net/images/rome
www.cronicasdoskane.wordpress.com/about/mitologia-grego-romana

Fontes: texto
www.suapesquisa.com
www.shvoong.com/exact-sciences/370143-roma-antiga
www.cacp.org.br/historia
www.vestibular1.com.br/revisao

Adaptação: Paulo jardim



Questões para fixação e desenvolvimento do raciocínio.


1. Para que Roma tivesse formado um grande império, foi necessário transformar o Mediterrâneo no Mare Nostrum. Por que, para Roma, isso foi tão importante?
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2. Como Roma conseguiu formar seu imenso império por mar e por terra?
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3. O recrutamento para o exército e o grande número de escravos que Roma conseguiu trouxe sérias consequências sociais para o Império. Quais foram elas e por que aconteceram?
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Marca com um X a alternativa correta e, a seguir, justifica tua escolha.

4. Roma, de uma simples aldeia, transformou-se na capital de um dos mais duradouros impérios até então conhecidos. Assinala a alternativa diretamente relacionada com o declínio e queda do Império Romano:
 
( A )     triunfo do cristianismo e urbanização do campo.
( B )     aumento considerável dos tributos.
( C )     crise no modo de produção escravista
( D )       aumento dos privilégios das classes superiores.
( E )     crescente oferta de mão de obra escrava.

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5. A preocupação romana, com as guerras e a manutenção do Império, não evitou que a religião tivesse grande importância na vida cotidiana. Nas suas crenças religiosas, os romanos:

( A )     evitaram o politeísmo, seguindo os ensinamentos do cristianismo.
( B ) fugiram de divindades e de princípios religiosos que lembravam a superstição.
( C )     imitaram os gregos em muitos princípios e em relação às divindades.
( D )     desprezavam os cultos familiares, considerados supersticiosos e vazios.
( E )     tinham uma religião monoteísta, com rituais rígidos.

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ASSUNTO 2 – A ORIGEM DA SOCIEDADE FEUDAL

1. INTRODUÇÃO
Caros alunos da sexta série do Colégio Anchieta. Como já vimos, o Império Romano do Ocidente fragmentou-se totalmente. A unidade havia sido quebrada devido aos problemas internos (crise do escravismo), o que enfraqueceu o Império. Isso deixou os romanos vulneráveis às invasões bárbaras. No ano de 476, caiu o último imperador romano. Essa data marca o fim da Idade Antiga e o início d Idade Média. Agora, por que esse período foi diferente dos demais?
Para começo de conversa, a Idade Média não se refere apenas a um período, mas a um lugar: a Europa ocidental. Foi lá que se desenvolveu uma visão de mundo, um modo de agir e de se organizar. Isto é, uma sociedade que chamamos de medieval.
Também foi lá que essa sociedade caracterizou-se por uma forma de organização econômica e política denominada de feudalismo.

2. O FEUDALISMO
Gurizada, vocês lembram que discutimos que as camadas pobres ficaram em uma situação precária devido à crise do Império Romano? Elas foram abandonando as cidades inseguras, já que os roubos e pilhagens tornavam-se cada vez mais constantes. Buscando alguma espécie de ajuda nas propriedades rurais dos patrícios, uma massa de desempregados colocou-se à disposição desses ricos donos de terras. Assim, o que era um vasto território dominado por um imperador ficou parecido com uma “imensa colcha de retalhos”, formada por vários reinos. Esses reinos medievais surgiram da mistura da sociedade romana com os povos bárbaros.
Só que, em cada um desses vários reinos, o poder estava mesmo dentro de cada um dos milhares de feudos espalhados pela Europa ocidental. Feudo? O que era isso?
 Os feudos eram aquelas propriedades rurais dos romanos ricos, que passaram a se fortificarem cada vez mais. Afinal as guerras, saques e roubos eram comuns na época. Daí surgiram os castelos.

3. OS CASTELOS MEDIEVAIS
Durante a Idade Média, a Europa foi palco da construção de milhares de castelos. Naquela época, as guerras eram muito comuns. Logo, os senhores feudais (reis e outros nobres) preocupavam-se com a proteção de sua residência, bens e familiares. Durante os primeiros séculos da Idade Média (até o século XI, aproximadamente), os castelos eram erguidos de madeira retirada das florestas da região. Seu interior era rústico e não possuía luxo e conforto.
 A partir do século XI, a arquitetura de construção de castelos mudou completamente. Eles passaram a ser construído de blocos de pedra. Tornaram-se, portanto, muito mais resistentes. Estes castelos medievais eram erguidos em regiões altas, pois assim ficava mais fácil visualizar a chegada dos inimigos. Um castelo demorava, em média, de dois a sete anos para ser construído.
Em volta do castelo medieval, geralmente, era aberto um fosso preenchido com água. Esta estratégia era importante para dificultar a penetração dos inimigos durante uma batalha. Os castelos eram cercados por muralhas e possuíam torres, onde ficavam posicionados arqueiros e outros tipos de guerreiros. O calabouço era outra área importante, pois nele os reis e senhores feudais mantinham presos os bandidos, camponeses rebeldes, marginais ou inimigos capturados.
     Como o castelo medieval era construído com a intenção principal de proteção durante uma guerra, outros elementos eram pensados e elaborados para estes momentos. Muitos possuíam passagens subterrâneas para que, num momento de invasão, seus moradores pudessem fugir.
     O castelo era o refúgio dos habitantes do feudo, inclusive os camponeses (servos). No momento da invasão inimiga, todos corriam para buscar abrigo dentro das muralhas do castelo. A ponte levadiça, feita de madeira maciça e ferro, era o único acesso ao castelo e, após todos entrarem, era erguida para impedir a penetração inimiga.
 Por dentro, o castelo medieval era frio e rústico, ao contrário do luxo mostrado em muitos filmes sobre a Idade Média. Os cômodos eram enormes e em grande quantidade. O esgoto produzido no castelo era, geralmente, jogado no fosso.
     Grande parte destes castelos medievais ainda existe na Europa, porém foram transformados em hotéis, museus ou pontos turísticos. Em cidades do interior da França, Itália, Alemanha, Portugal, Espanha e Inglaterra podemos encontrar vários exemplos destes interessantes tipos de construção antiga.

4.  A ORIGEM DOS FEUDOS
Com a presença dos povos germânicos no território romano, novas mudanças foram introduzidas nas relações econômicas. Para premiar seus guerreiros muitos chefes germânicos doavam terras a eles. Essas doações passaram a se chamar feudos. A palavra feudo, portanto, é de origem germânica (do germânico vieh, pelo frâncico fëhu, significando gado, posse, ou propriedade).

5. A SOCIEDADE FEUDAL
Ser ou não ser um dono de terras passou a ser um sinônimo de poder na Idade Média. A hierarquia social foi denominada de sociedade de ordens ou estamental, isto é, composta de estamentos (onde passar de um grupo social para outro era extremamente difícil). Normalmente, o indivíduo nascia e morria na mesma camada social: era senhor ou servo até o fim de seus dias. Porém, o que era um senhor feudal? Um servo? Vamos ver, gurizada.


Nobreza feudal - eram os senhores feudais (donos de feudos), onde eles tinham total poder sobre os moradores de sua propriedade. Alguns nobres eram cavaleiros, condes, duques, viscondes,... Os senhores definiam as regras de seu feudo de acordo com os costumes locais e julgavam tudo o que acontecia neles.
Clero – alguns vinham da nobreza, sendo os próprios nobres ou seus filhos, ocupando os cargos de padres, freiras, bispos, arcebispos,... Também tinham feudos, possuindo a maior parte das terras na Europa ocidental. Portanto, os membros do clero também eram senhores feudais.
Vilões - vilã era, na Idade Média, pessoa não pertencente à nobreza. A palavra se refere ao habitante de uma vila, derivando-se do latim (villanus). O vilão era um descendente de camponeses livres, que, assim, poderia deixar o feudo se o quisesse, podendo, inclusive, trabalhar para diferentes senhores feudais ao longo de sua existência. Porém, tinham que pagar as mesmas prestações e serviços dos servos.

Servos
- era a camada produtiva e dominada, os antigos colonos, que passaram a ser chamados de servos. Estes tinham que obedecer a seus senhores, obrigados a pagar vários tributos e a cumprir várias tarefas em troca da permissão para trabalhar na terra e dela tirar seu sustento, além de oferecer e receber proteção militar. Não eram escravos, mas estavam presos à terra para sempre.


 6. A ORGANIZAÇÃO FÍSICA DE UM FEUDO

As terras de um feudo eram divididas em:
* manso senhorial - nessa parte, ficava o castelo com terras de uso exclusivo do senhor;
* manso servil - eram os vários lotes (as tenências) emprestados aos servos;
* manso comunal - composto pelos bosques e pastos, usados tanto pelos senhores como pelos servos.
Como deves ter percebido, a economia no mundo feudal era baseada nas atividades agrícolas praticadas pelos servos. Praticava-se a rotação de culturas, isto é, algumas partes das terras ficavam sem plantio durante um tempo. Depois, plantava-se nessas terras, enquanto outras porções de terra ficavam descansando. O uso de moinhos, enxadas, arados, canga para os bois e peitoral para os cavalos impulsionaram a agricultura.

7. A DIFÍCL VIDA DE UM SERVO
Quando um servo passava a viver nas terras de um senhor feudal, todos os seus descendentes ficavam obrigados a permanecer na mesma propriedade e trabalhar para os descendentes desse senhor. Por mais explorados que fossem, os servos não podiam sair dos feudos onde viviam.
As principais obrigações dos servos consistiam em:
þ  corveia: trabalho compulsório nas terras do senhor em alguns dias da semana;
þ  talha: parte da produção do servo no manso servil, que deveria ser entregue ao nobre;
þ  banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro e as pontes;
þ  capitação: imposto pago por cada membro da família (por “cabeça”);
þ  dízimo: 10% da produção do servo eram pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local;
þ  censo: tributo que os vilões deviam pagar, em dinheiro, para a nobreza;
þ  taxa de justiça: os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do nobre;
þ  formariage: quando o nobre resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento. Era também válida para quando um parente do nobre iria casar;
þ  mão morta: era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da família servil, em caso do falecimento do pai ou da família.
þ  albermagem: obrigação do servo em hospedar o senhor feudal.
   Apesar de tudo isso, a exploração dos servos pelos nobres esbarrava numa forte resistência de muitos deles, que não recolhiam os tributos devidos, incendiavam as colheitas, fugiam para as florestas ou uniam-se a bandos de foras da lei. Revoltas camponesas, mesmo duramente reprimidas, não foram raras e caracterizavam as relações de conflito entre a nobreza e os servos durante a época feudal. 


8. CURIOSIDADES


A média de vida, mesmo nas classes nobres, era de apenas 44 anos!
As construções das casas eram rudimentares, feitas de madeira ou pedra bem desconfortáveis. Os pisos eram de terra batida ou palha.
 A alimentação era composta por carne, peixe, queijo, pera, maçã, couve, nabo, cenoura, cebola, feijão e ervilha. O café e o açúcar eram tão caros que poucos podiam comprar. As pessoas bebiam muito e comiam com as mãos, de forma rude. As mulheres eram tratadas com desprezo e brutalidade. Os homens eram quem dominavam tudo.
    Os servos trabalhavam cedo ao nascer do dia até o anoitecer. Eles viviam em extrema pobreza, em uma cabana miserável, com um buraco no teto para a saída da fumaça, onde o chão era batido.  Como se alimentavam mal, estavam sujeitos a várias pandemias. Eles não liam nem escreviam. E eram chamados de velhacos, estúpidos e feios.
A guerra, na Idade Média, era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e o poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval.

Fontes: texto
VICENTINO, Cláudio. Projeto Radix: História. 7º ano. São Paulo: Scipione, 2009.
CARDOSO, Oldimar Pontes. Tudo é História. Vol. 2. São Paulo: Ática, 2009.
http://www.suapesquisa.com
http://pt.wikipedia.org/wiki/Feudalismo
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia011.asp
http://www.portalimpacto.com.br/docs/Aula15MarquesVest.pdf

Fontes: imagens
http://josmaelbardourblogspotcom.blogspot.com/2010/10/divisoes-da-historia-do-homem.html
http://cidadeselugares.blogspot.com/2009_10_01_archive.html
http://www.blitz.no/images2/jacquerie.jpg
http://caps-lock-he.blogspot.com/2007/10/tirinhas-de-todos-os-gostos.html
http://www.historiadigital.org/2009/11/crie-o-seu-personagem-medieval.html

Adaptação: Paulo Jardim

   “A sociedade está dividida em três ordens. Além da eclesiástica, a lei reconhece outras duas condições: a do nobre e a do servo que não são regidas pela mesma lei. Os nobres são os guerreiros, os protetores das igrejas, defendem a todo o povo e ao mesmo tempo se protegem a eles mesmos. A outra classe é a dos servos. Essa classe de desgraçados não possui nada sem sofrimento; fornece provisões e roupas a todos, pois os homens livres não podem valer-se sem eles.
   Assim, pois, a cidade de Deus que é tomada como una, na verdade é tripla. Alguns rezam, outros lutam e outros trabalham. As três ordens vivem juntas e não podem ser separadas.”
ADALBERON, “Carmen ad Rotbertum regem francorum”, citado por PINSKY, J., op. cit. p.71.














Questões para fixação do conteúdo e desenvolvimento do raciocínio.

1. Afinal, o que era um feudo?
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2. Qual das obrigações e impostos, que os servos e vilões deviam, era a mais injusta na tua opinião? Justifica.
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3. Os nobres (senhores feudais) reforçavam seus poderes ajudando uns aos outros através dos laços de suserania e vassalagem. Pesquisa sobre isso.
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4. Na Europa medieval, havia vários reis e senhores feudais. Quem tinha mais poder: os reis ou os senhores feudais? Justifica.
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5. Procura as seguintes palavras no caça-palavra abaixo: clero, corveia, feudo, Igreja, mansos, nobre, ordens, patrícios, servidão, servo e talha. A seguir, escreve duas frases sobre a Idade Média, utilizando todas as palavras que encontraste.

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ASSUNTO 3 – A IGREJA CATÓLICA NA IDADE MÉDIA

1. INTRODUÇÃO
   No ano de 391, a religião cristã foi transformada em religião oficial do Império Romano. A partir deste momento, a Igreja Católica começou a se organizar e ganhar força no continente europeu. Nem mesmo a invasão dos povos "bárbaros" (germânicos) no século V atrapalhou o crescimento do catolicismo. Em meio à desorganização administrativa, econômica e social produzida pelas invasões germânicas e ao esfacelamento do Império Romano, praticamente apenas a Igreja Católica, com sede em Roma, conseguiu manter-se como instituição.
   Fortalecendo sua estrutura religiosa, a Igreja foi difundindo o cristianismo entre os povos "bárbaros", enquanto preservava muitos elementos da cultura greco-romana.
Valendo-se de sua crescente influência religiosa, a Igreja passou a exercer importante papel em diversos setores da vida medieval, servindo como instrumento de unificação, diante da falta de um poder político centralizado na sociedade feudal.

2. ASPECTOS GERAIS
     Como religião única e oficial, a Igreja Católica não permitia opiniões e posições contrárias aos seus dogmas (isto é, suas verdades incontestáveis). Aqueles que desrespeitavam ou questionavam as decisões da Igreja eram perseguidos e punidos. Na Idade Média, a Igreja Católica criou o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) no século XIII, para combater os hereges (aqueles considerados contrários à religião católica). A Inquisição prendeu, torturou e mandou para a fogueira milhares de pessoas que não seguiam as ordens da Igreja. 
    Por outro lado, alguns integrantes da Igreja Católica foram extremamente importantes para a preservação da cultura. Os monges copistas dedicaram-se a copiar e guardar os conhecimentos das civilizações antigas, principalmente, dos sábios gregos. Graças aos monges, essa cultura se preservou, sendo retomada na época do Renascimento (como veremos nos próximos trimestres, gurizada).

3. A HIERARQUIA DA IGREJA CATÓLICA
  •   A posição do membro do clero variava de acordo com as posses e a origem do religioso;
  •   dificilmente os monges e padres de origem “menos nobre” chegavam às mais altas posições da Igreja;
  •   alguns padres, os diáconos, os bispos e os arcebispos ocupavam uma posição privilegiada, morando nas cidades, geralmente;
  •   os frades saíam às ruas pregando e catequizando, morando em pequenas localidades;
  •   os monges dedicavam-se à oração, morando em lugares isolados (os mosteiros).
  •   O clero era dividido em: clero regular -  conhecidos como religiosos, seguiam uma regra de uma determinada ordem religiosa (franciscanos, agostinianos,...),  que tinham a sua própria hierarquia e títulos específicos; clero secular - era composto por sacerdotes que desenvolviam suas atividades voltadas para o público e que viviam junto dos leigos.


4. A IGREJA CATÓLICA E SEU PODER
*   Um terço das terras da Europa ocidental pertencia à Igreja Católica;
*   a Igreja recebia doações de terras de reis e da nobreza feudal (ver imagem ao lado);
*   o clero também recebia o dízimo (10% de toda a produção) dos servos;
*   os reis e a nobreza feudal deveriam zelar pela Igreja, protegendo os interesses dela;
*   somente depois da aprovação da Igreja, algum nobre se tornava rei;
*  apenas o clero era capaz de compreender as mensagens de Deus e transmiti-las a seus fiéis;
*  a Igreja também enriquecia graças à venda de indulgências, isto é, o perdão dos pecados;
*   o clero condenava o lucro e o empréstimo de dinheiro a juros, praticados pelos comerciantes, mas a Igreja ganhava muitos rendimentos das suas terras;
*   a ideia de ser cristão servia para unir os europeus ocidentais em torno da Igreja.



5. OS TRIBUNAIS DA SANTA INQUISIÇÃO
   Para combater os movimentos e ameaças, tantos internas, quanto externas, contra a fé católica, a Igreja criou o Tribunal do Santo Ofício (a Inquisição). A Inquisição foi criada pelo Papa Gregório IX, em 1231. O Tribunal servia para interrogar e sentenciar aqueles considerados hereges (que defendiam uma heresia, isto é, uma doutrina ou linha de pensamento contrária ou diferente do credo católico).
    Quem era considerado herege, segundo a Igreja Católica:
Ø    religiosos que se opunham à riqueza da Igreja e a alguns aspectos da doutrina católica;
Ø    seguidores de divindades pagãs (cuja origem era dos antigos povos “bárbaros”);
Ø   filósofos, cientistas e seguidores de outras religiões, além das
Ø    bruxas: pessoas acusadas de fazer feitiços e usar poderes sobrenaturais, supostamente obtidos em rituais satânicos e pactos com demônios. 
    As características do Tribunal da Inquisição eram: o processo de acusação, julgamento e execução era rápido, sem formalidades, sem direito à defesa. Ao réu, a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica.

6. VERDADES INCRÍVEIS!

  •     Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil;
  •     os inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunhassem contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada;
  •    camponeses eram incentivados (convencidos com a promessa de ascenderem ao reino divino ou através de recompensas financeiras) a denunciar supostos hereges;
  •          até crianças podiam denunciar alguém;
  •     os acusados eram feitos prisioneiros e, sob tortura, obrigados a confessarem sua condição de hereges;
  •         a execução era realizada, geralmente, em praça pública sob os olhos de todos os moradores;
  •   p  punir publicamente era uma forma de coagir e intimidar a população. E
  •       a vítima podia ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada.


    Sem mito algum, as bruxas eram apenas mulheres que conheciam e entendiam do emprego de ervas medicinais para cura de enfermidades! E colocavam em prática seus conhecimentos nos vilarejos onde habitavam. Porém, com a chegada do Cristianismo, as mulheres foram colocadas em segundo plano e tidas como objetos de pecado utilizados pelo diabo. 
    Muitas mulheres não aceitaram isso e rebelaram-se, o que passou a incomodar o poder religioso. Assim acusar uma mulher de bruxaria ficou fácil: bastava uma mulher casada perder a hora de acordar, que o marido a acusava de estar sonhando com o demônio. 

7. A IGREJA E A CULTURA NA IDADE MÉDIA

*  A Igreja procurou controlar todas as formas de manifestação cultural: a mentalidade das pessoas, a filosofia, a arte, a arquitetura,... Tudo era muito influenciado pelo pensamento religioso: TEOCENTRISMO = Deus é o centro de tudo;
*   o mundo era algo organizado e comandado por leis divinas e imutáveis;
*   os homens não deviam questionar ou procurar entender o que acontecia no mundo;
*   todos deviam apenas acreditar no que o clero lhes dizia;
*   grande parte dos registros escritos da Antiguidade e da idade Média ficou sob o controle dos monges copistas (ver imagens abaixo). Eles receberam esse nome porque eram dedicados à tradução e cópia dos escritos do mundo Antigo (Grécia, Roma,...), além de ensinarem religião e alfabetizarem as crianças da nobreza. Muitas dessas crianças tornavam-se membros do clero. E
*   os monges também foram os responsáveis pela criação da música sacra, do canto gregoriano e da notação musical.

8. VERDADES INCRÍVEIS:  O RETORNO!
 
    O Carnaval tem suas origens nas festas em homenagem ao deus Dionísio, na Grécia antiga. Na Idade Média, o Carnaval foi adaptado ao calendário e às tradições cristãs, passando a ser comemorado nos dias que antecedem à Quaresma. As pessoas vestiam máscaras, imitavam animais, bebiam muito, os servos vestiam-se de nobres, criticavam a sociedade da época,...
    Mas como isso era permitido pela Igreja e pela nobreza? Essa festa era tolerada justamente como uma forma de amenizar as tensões sociais, isto é, evitar as revoltas de servos e vilões contra seus senhores.

   
9. PARA SABERMOS UM POUCO MAIS SOBRE AS ORIGENS DA IGREJA CATÓLICA...
 De maneira geral, era comum se queimarem os cristãos vivos ou fazê-los serem devorados por feras, à vista de todos, nas arenas dos circos romanos. Essa repressão tinha o propósito de evitar que o cristianismo continuasse a se expandir pelo Império.  As ideias dos primeiros cristãos assustavam Roma porque eles não concordavam com a adoração ao imperador como deus vivo e pregavam igualdade entre os homens. Dessa forma, no decorrer dos séculos, essa religião de apelo popular foi conseguindo cada vez mais adeptos. Os romanos, então, acharam mais conveniente se aproximarem dela do que continuarem a persegui-la.
 Assim, em 313, o próprio imperador Constantino converteu-se ao cristianismo e permitiu o culto dessa religião em todo o Império. Oitenta anos mais tarde, a história inverteu-se completamente. Em 391, o cristianismo não só se tornou a religião oficial de Roma, como todas as outras religiões pagãs passaram a ser perseguidas.  A partir do momento em que o Império resolveu tornar a religião cristã oficial para os romanos e todos os povos por eles dominados no século IV, a Igreja cristã começou ganhar força, como uma instituição poderosa.
    Os patriarcas ou bispos do cristianismo estavam espalhados pelo Império Romano em várias cidades: Alexandria, Jerusalém, Antioquia, Constantinopla e Roma. Segundo ordenou o imperador em 455, o patriarca de Roma passou a ser, a partir de então, a autoridade máxima de Igreja, sob a denominação de papa.

Fontes: escritas
http://www.suapesquisa.com/idademedia/
http://www.historiadomundo.com.br/idade-media/a-igreja-medieval.htm
http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u14.jht
gloriadaidademedia.blogspot.co
historianovest.blogspot.co
www.brasilescola.com

Fontes: imagens
www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/inquisicao.htm
euquerosol.blogspot.com
miidleage.blogspot.com
viveahistoria7cei.blogspot.com

Adaptação: Paulo Jardim




Questões para fixação de conteúdo e desenvolvimento do raciocínio.


1. Explica a aceitação do catolicismo no Império Romano.
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2. Qual aspecto sobre a atuação da Igreja Católica na Idade Média consideras negativo? Por quê?
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3. Qual aspecto sobre a atuação da Igreja na Idade Média consideras positivo? Por quê?
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4. Para os senhores feudais, o papel da Igreja não era importante? Justifica.
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