Blog com conteúdos diversos de História, para interessados, curiosos e desbravadores do passado. Material postado para alunos do Ensino Fundamental.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
domingo, 4 de agosto de 2013
Império Romano - Texto
ROMA ANTIGA
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1.
MONARQUIA
(753 A 509 A.C.)
Ä Roma era uma aldeia
sob a influência dos gregos e etruscos, caracterizada como sendo um genos.
Ä A propriedade dos
bens era coletiva, havia solidariedade entre os membros, havia o direito de
eleger o “pater”, chefe da comunidade, e de depô-lo. O conjunto de dez genos
formava uma “cúria”; dez cúrias formavam uma tribo, comandada por um chefe
eleito.
Ä Havia o Senado
(composto por velhos cidadãos, que podiam propor leis e fiscalizar a ação do
rei), a Assembléia Curial (guerreiros, que podiam aprovar ou rejeitar leis,
eleger os altos funcionários, aclamar o rei e julgar casos em última instância)
e o Rei (era eleito e comandava o exército, a religião e a justiça.
Ä Com o passar do
tempo, formaram novos grupos sociais: os patrícios (descendentes dos primeiros
romanos, tinham todos os direitos políticos de um cidadão. Era grandes
proprietários de terras e gado); os clientes (homens livres que serviam aos
patrícios, sem direitos políticos), os plebeus (homens livres, sem direitos
políticos e que sustentavam-se por conta própria, como comerciantes, artesãos e
agricultores, ou serviam no exército) e os escravos (prisioneiros de guerra,
sendo seu trabalho importantíssimo na economia romana.
2.
REPÚBLICA
ROMANA (509 A 31 A.C.)
Ä Estrutura de poder:
Senado (300 cidadãos com cargo vitalício), Assembléia dos Cidadãos (formada
pelos Comícios Curial, Centurial e Tribal) e Magistratura (altos funcionários
eleitos pela Assembléia dos Cidadãos, tendo os seguintes nomes: dois cônsules,
pretores, censores, edis, questores e ditador, eleito em casos de guerra, com
plenos poderes).
Ä Rebelião de
escravos: Revolta da Sicília (136
a 132 a .C.)
e Revolta de Cápua (73 a
71 a .C.),
liderada por Spartacus. As duas foram duramente reprimidas.
Ä Rebeliões da plebe:
em 494 a .C.
os plebeus organizam-se e saem de Roma, dirigindo-se ao monte Alventino. Os
patrícios lhes concede: o Comício da Plebe, presidido pelos Tribunos da Plebe
(com poderes de vetar a aprovação de quaisquer decisões do Estado); A Lei das
Doze Tábuas (leis escritas, válidas para patrícios e plebes); Lei Canuléia
(autorizava o casamento entre patrícios e plebeus); eleição de magistrados
(facilitou o acesso dos plebeus aos cargos da Magistratura) e fim da escravidão
por dívidas
Ä Guerras Púnicas (264
a 146 a .C.):
guerras contra Cartago, cidade de origem
fenícia, localizada no norte da África. Roma derrota Cartago e domina o
Mediterrâneo, além de acabar com o forte rival em termos comerciais. Os romanos
passam a chamar o Mediterrâneo de “Mare Nostrum”.
Ä Conseqüências da
expansão imperialista de Roma: surgimento de novos grupos sociais (cavaleiros
ou homens novos: enriquecidos com o comércio ou empréstimos a juros;
proletários: camadas pobres urbanas, que surgem graças ao êxodo rural: como não
tinham como competir com os latifúndios escravistas, são obrigados a abandonar
suas terras e dirigirem-se para as cidades); aumento da riqueza dos patrícios
(graças à expansão comercial, à conquista de mais terras e escravos)
Ä Com da tensão
social entre os diversos grupos, os governantes Tibério e, depois Caio,
criaram: a Lei Agrária ( limitava o crescimento dos latifúndios e obrigava o
Estado a distribuir parte das terras aos pobres); Lei Judiciária ( permitia aos
cavaleiros serem juizes no Tribunal do Júri) e Lei Frumental (concedia pão, dos
armazéns do Estado, por preços inferiores, aos pobres). Por pressão dos grupos
dominantes, só conseguiram manter-se a Lei Judiciária e a Lei Frumentária.
Ä Diversos chefes
militares lutam pelo poder: Caio Mário (tornou-se cônsul e instituiu o
pagamento de salário (soldo) aos soldados profissionais; Cornélio Sila
(instituiu um governo ditatorial impopular); Primeiro Triunvirato (governam
Pompeu, Crasso e Júlio César. Crasso é assassinato. Júlio César torna-se
ditador único de Roma);
Ä O governo de Júlio César:
reorganizou político-administrativamente Roma, distribuiu terras entre os
soldados, construiu grandes obras públicas, ... Acusando-o de pretender acabar
com a República e tornar-se um rei, um grupo de senadores o assassina em 15 de
março de 44 a .C.).
Ä Segundo Triunvirato: Marco Antônio, Otávio e
Lépido governam o Império. Lépido foi forçado a retirar-se do poder. Otávio
acusa Marco Antônio de pretender formar um império no Oriente, desmembrando
parte do Império. Otávio consegue apoio do Senado, derrota seu oponente e
torna-se o grande senhor de Roma.
3.
O
IMPÉRIO (27 A.C. A 476 D.C.)
Ä Otávio concentra
todo o poder, assumindo os títulos de Augusto (título de honra, concedido a
certos deuses), Princeps (primeiro cidadão de Roma), Imperator (comandante
absoluto do exército), Pontifex Maximus (sacerdote máximo da religião),
Tribunus Protestas (poder de tribuno para a vida toda) e Pater patrie (pai da
pátria).
Ä O imperador dividiu
as províncias em: senatoriais (regiões pacificadas, governadas por senadores
habilitados) e imperiais (regiões mais instáveis, lideradas por governadores
escolhidos diretamente por Otávio).
Ä A excessiva
exploração das províncias diminuiu; o exército foi encarregado de garantir a
paz dentro das fronteiras do império, cessando as conquistas (Pax Romana), ao
mesmo tempo que sufocava as revoltas internas; profissionalizou-se o exército.
Ä Após a morte de
Otávio, em 14 d.C., sucederam-se quatro dinastias de imperadores, dentro do
período de esplendor de Roma, conhecido como Alto Império (27 a .C. a 235 d.C.).
Ä Terminado o Alto
Império, começa um período que foi marcado pela decadência romana: o Baixo
Império (235 a
476 d.C).
Ä Causas do fim do
Império Romano: como as conquistas militares haviam cessado, O Império começou
a sofrer com a falta de mão-de-obra escrava, gerando uma crise econômica em todos
os setores onde eles eram empregados. O escravo começou a ser substituído pelo
colonato (arrendamento de terras a camponeses), ao mesmo tempo que o comércio,
o artesanato e a produção agrícola diminuem sensivelmente..Com a crise, as
cidades esvaziam-se e a economia sofre um processo de ruralização, em que as
propriedades rurais passam a ser auto-suficientes. O Estado fica sem ter como
arrecadar os impostos para manter seus funcionários e até seu próprio exército.
Sem ter saída, o Estado aumenta ainda mais os impostos. Desordens, tumultos e
saques surgem cada vez mais, devido ao desemprego à fome e à falta de apoio do
Estado. Externamente, o Império começou a sofrer as invasões dos diversos povos
“bárbaros” que ficavam foram dos limites romanos.
Ä Fim de melhor ser administrado, o Império é
dividido em 395 d.C., por Teodósio: Império Romano do Ocidente, com sede em
Roma, e Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla.
Ä Em 476, o último
imperador do Império Romano do Ocidente, Rômulo Augusto, foi deposto por
Odoacro, rei dos hérulos. Era a queda de Roma. O Império Romano do Oriente
ainda conseguiu sobreviver até 1453, ano em que os turcos conseguem tomar
Constantinopla.
CULTURA
DA ROMA ANTIGA
Direito – buscava regular, por meio de normas
jurídicas, o comportamento social da numerosa população do império. Direito
público: referia-se às relações públicas em que o estado atuava como parte.
Direito privado: referia-se às relações jurídicas entre particulares.
Latim – deu origem às línguas portuguesa, francesa,
italiana, espanhola e romena. Expressões usadas até hoje: data venia (com a
devida licença); dura lex, sed lex (a lei é dura, mas é a lei); in dubio pro
reus (de houver dúvida no momento da decisão, o juiz deve decidir em favor do
réu); ...
Literatura – buscava-se a perfeição na forma de
apresentação, isto é, a beleza e a elegância do estilo literário, ao invés da criação
original. Destacam-se: Virgílio (Eneida), Horácio, Ovídio, Cícero, Catulo e o historiador
Tito Lívio.
Arquitetura – construíram termas, basílicas, circos,
aquedutos, templos religiosos, palácios, ..., com características monumentais e
imponentes. Pontes e estradas interligavam todo o império.
Escultura – destacam-se os bustos (cabeça ou busto),
estátuas eqüestres. Preocupação em conseguir a reprodução mais fiel possível da
realidade e não a idealização dos modelos, como faziam os gregos.
Teatro – eram realizadas, sátiras, tragédias e
pantomimas. Destacam-se Plauto, Terêncio, Lívio, Andrônico, entre outros.
Pão e circo – a fim de controlar a massa da população
empobrecida, evitando revoltas, o estado romano oferecia pão gratuitamente e
circo, onde eram realizados espetáculos sangrentos envolvendo gladiadores e
feras. Destaca-se o circo coliseu. Também havia acrobacias realizadas por
ginastas e equilibristas, além de corridas de cavalos atrelados a bigas.
Religião – politeístas; deuses com formas humanas;
assimilaram dos gregos uma série de divindades, apenas mudando-lhes os nomes
(Zeus era Júpiter, Atena era Minerva, Afrodite era Vênus, Ares era Marte, ...).
No período imperial, passou-se a venerar a figura do imperador, que depois da
morte passava a ocupar lugar entre os deuses tradicionais.
Cristianismo – os discípulos de Jesus levaram difundiram
sua crença em todo o império. Alcançando grande aceitação entre os pobres e os
escravos, o cristianismo não aceitava a religião oficial de Roma e nem o culto
à figura do imperador, além da recusa a servir no exército pagão dos romanos.
Por isso, muitos foram perseguidos no império e lançados à arena para diversão
da população. Mas o cristianismo cresce tanto que, em 313 o imperador Constantino
concede liberdade religiosa a todos os cristãos através do Édito de Milão. Em
391 o cristianismo torna-se a religião oficial de Roma e organizou-se a igreja
católica, que construiu sua hierarquia tendo como modelo a estrutura
administrativa do império.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Grécia Antiga - Exercícios
QUESTÕES SOBRE A
GRÉCIA ANTIGA
ASSINALE A
ALTERNATIVA CORRETA.
1. Sobre a economia da Grécia Antiga é verdadeiro afirmar que:
A - Os gregos nunca
usaram moedas e toda economia era baseada no sistema de trocas.
B - Os gregos
possuíam uma economia fechada, as relações comerciais eram restritas às cidades-estados
gregas.
C - O trabalho
assalariado era o mais comum na Grécia Antiga, pois o escravismo nunca foi
adotado já que era proibido em todo território grego.
D - O comércio
marítimo foi uma das principais atividades econômicas da Grécia Antiga.
2. Sobre a religião grega é falso afirmar que:
A - Os gregos antigos
eram monoteístas, ou seja, acreditavam na existência de apenas um deus.
B - Os gregos antigos
eram politeístas, ou seja, acreditavam na existência de vários deuses.
C - Os gregos antigos
faziam consultas aos deuses no oráculo de Delfos.
D - Em homenagem aos
deuses, principalmente a Zeus (deus dos deuses), os gregos criaram os Jogos
Olímpicos.
3. Qual das alternativas abaixo aponta uma importante característica da
cultura na Grécia Antiga?
A - As artes
plásticas na Grécia Antiga não apresentou grande valor artístico, pois as
esculturas e pinturas não eram realistas.
B - A arquitetura
grega foi a principal manifestação cultura da Grécia Antiga, pois recebeu muita
influência dos egípcios e mesopotâmicos.
C - O teatro foi uma
importante manifestação cultural na Grécia Antiga. Nos anfiteatros, os atores
gregos representavam comédias e dramas.
D - No campo
cultural, os gregos se dedicaram quase que exclusivamente às danças e festas
musicais.
4. Uma das principais cidades-estados da Grécia Antiga foi Esparta. Qual
das alternativas abaixo apresenta características de Esparta?
A - Esparta foi uma
cidade-estado que se dedicou muito no desenvolvimento intelectual e artísticos
dos seus cidadãos.
B - Fundada pelos
Dórios, Esparta era uma cidade-estado militarista e com uma sociedade
estamental (pouca mobilidade social).
C - Esparta foi uma
cidade pacífica, sendo que não se envolveu em nenhuma guerra em toda sua História.
D - Esparta foi
fundada pelos jônios e teve no comércio marítimo e na indústria suas principais
atividades econômicas.
5. Atenas foi uma importante cidade-estado grega na antiguidade. Qual das
alternativas abaixo aponta características importantes da sociedade ateniense.
A - Atenas foi uma
cidade exclusivamente voltada para a guerra.
B - Em Atenas todas
as pessoas podiam participar da democracia, inclusive escravos, mulheres e
crianças.
C - Os atenienses
valorizavam muito a democracia, as manifestações artísticas e a Filosofia.
D - Atenas possuía
uma sociedade igualitária, ou seja, não havia classes sociais e todos viviam
com o mesmo padrão de renda.
6.
Na antiguidade clássica, as cidades-estados representavam
A - uma forma de garantir
territorialmente a participação ampla da população na vida política grega.
B - um recurso de expansão das
colônias gregas.
C - uma forma de assegurar a
independência política das cidades gregas entre si.
D - uma característica da civilização
helenística no sistema político grego.
E - uma instituição política helenística no sistema político grego.
7. Atenas
foi considerada o berço do regime democrático no mundo antigo. Sobre o regime
democrático ateniense, é CORRETO afirmar que:
A.
Era baseado na eleição de
representantes para as Assembleias Legislativas, que se reuniam uma vez por ano
na Ágora e deliberavam sobre os mais variados assuntos.
B.
Apenas os homens livres eram
considerados cidadãos e participavam diretamente das decisões tomadas na
Cidade-Estado.
C.
Os estrangeiros e mulheres maiores de
21 anos podiam participar livremente das decisões tomadas
nas assembleias da Cidade-Estado.
D.
Era erroneamente chamado de
democrático pois negava a existência de representantes eleitos pelo povo.
E.
A inexistência de escravos em Atenas
levava a uma participação quase total da população da Cidade-Estado na
política.
8. Foram características econômicas e sociais
da Cidade-Estado Esparta, no período Arcaico:
A.
a posição do indivíduo na comunidade
era definida pelo seu grau de parentesco com o patriarca e sua economia era
natural e coletivista.
B.
as classes sociais ligadas ao
comércio, ao mesmo tempo que adquiriam maior poder econômico, procuravam
ampliar seu domínio social.
C.
a existência de uma oligarquia
aristocrática, que monopolizava o poder militar, político e religioso,
culturalmente arcaica, sem atividades mercantis.
D.
a proibição da escravidão por dívidas
pela oligarquia dominante estimulou a vinda para a cidade de artesãos
estrangeiros, a fim de promover o comércio e atividades culturais.
E.
cidade marítima dominada por
camponeses proprietários de minifúndios, que permitia aos estrangeiros,
Metecos, a realização de atividades culturais.
QUESTÕES DISSERTATIVAS.
1.
Cite
três características da pólis grega.
2.
Identifique
os dois principais modelos de cidade-estado desenvolvidos na Grécia.
3.
Cite
uma característica da democracia grega que a diferencie da democracia atual.
4.
Esparta,
estruturada politicamente num modelo oligárquico e militarista; e Atenas, como
modelo democrático. Em ambos os casos, as cidades vivenciaram diferentes formas
de organização política até se
configurarem como modelos das pólis gregas. Quais foram as diferenças entre
essas pólis?
5.
A
sociedade grega se caracterizava pela ausência de diferenças sociais. Essa
frase é verdadeira? Justifique.
6.
A
pobreza do solo grego e a necessidade de novas terras para suprir suas
necessidades geraram quais consequências para os antigos gregos?
7.
Caracterize
a arte grega.
8.
Caracterize
a religião grega.
9.
Caracterize
a filosofia grega.
10.
Caracterize
as olimpíadas gregas.
11.
Caracterize
o teatro grego.
Texto - Grécia Antiga
GRÉCIA ANTIGA
|
1.
Período
Micênico (século XV a século VIII C.)
Os poemas de Homero – a Ilíada e a Odisséia – são as
principais fontes históricas desse período, além das descobertas arqueológicas.
Período marcado por invasões de aqueus, jônios, eólios e dórios no mundo grego.
Organizaram-se em genos (clãs patriarcais, reuniões de famílias que descendiam
de um mesmo antepassado e adoravam o mesmo deus), baseados na solidariedade
entre seus membros e propriedade coletiva da terra, além de serem chefiados
pelos patriarcas (descendente masculino mais direto do antepassado comum). A
união de diferentes genos dava origem às fratrias; a reunião dessas dava origem
às tribos, que obedecia ao comando de um basileu. O basileu era auxiliado por
um Conselho (Bulé: chefes dos genos) e pela Assembléia do Povo (Ágora:
guerreiros adultos). Com o passar do tempo, o direito de herança paterna, o
surgimento de uma nobreza hereditária e a generalização do regime escravista
(por guerras e dívidas) levaram à existência da propriedade privada e ao
aprofundamento das diferenças sociais entre os gregos. Começam a surgir as
cidades-Estado, independentes umas das outras.
2.
Período
Arcaico (século VIII a século VI a.C.)
Ä Drácon: impôs leis
escritas, acabando com as vendetas (lutas entre famílias por vingança).
Ä Sólon: libertou os
todos cidadãos transformados em escravos por dívidas, eliminou as hipotecas por
dívidas e dividiu a sociedade de acordo com o padrão de renda dos indivíduos.
Ä Destacam-se as
cidades-Estado de Esparta e Atenas:
ESPARTA
|
ATENAS
|
§ O governo era
exercido por uma Diarquia (dois reis). Estes tinham a funções militares e
religiosas, mas era limitados pelos éforos (cada um dos cindo membros do
conselho de administradores do Estado), pela Ápela (assembléia dos cidadãos
com mais de 30 anos) e pela Gerúsia (tinha o poder supremo, composta pelos
dois reis e 28 esparciatas com idade superior a 60 anos). Portanto, era um
governo de poucos: uma oligarquia.
|
§ Governo composto
pela Bulé (500 conselheiros sorteados, com funções administrativas e
formulação de leis), pela Eclésia (Assembléia formada pelos cidadãos, que
aprovava as leis) e pelos estrategos (dez generais escolhidos pela Bule e com
funções militares). Caracterizava uma democracia, mas da minoria da população
(10%), isto é, era uma democracia elitista, patriarcal e escravista. Atenas é
considerada o berço da democracia, criada por Clístenes.
§ Havia os
ostracismo: suspensão dos direitos políticos e exílio por dez anos dos
cidadãos considerados perigosos na cidade-estado.
|
§ Esparciatas:
cidadãos espartanos ligados ao exército e à vida pública, sendo proibidos de
exercerem o comércio.
§ Periecos: homens
livres, sem direitos políticos.
§ Hilotas: servos
dos esparciatas, presos à terra
|
§ Eupátridas:
homens adultos, nascidos em Atenas e filhos de pais atenienses, tendo todos
os direitos políticos.
§ Metecos:
estrangeiros, sem direitos políticos e proibidos de terem terras.
§ Escravos:
prisioneiros de guerra ou por dívidas.
|
§ Educação voltada
párea a guerra. Desde os sete anos os meninos eram ensinados as táticas de
guerra e a manejar armas.
§ As mulheres
deviam gerar filhos fortes e saudáveis.
|
§ Os meninos, desde
os sete anos, aprendiam exercícios físicos, música, filosofia, poesia, ...
§ As mulheres eram
educadas para serem boas mães, donas-de-casa e respeitarem seus maridos.
|
3.
Período
Clássico (século VI a século IV a.C.)
Ä Período da formação
de colônias gregas (Bizâncio, Marselha, Nápoles, ...) em diversas áreas do
litoral do Mediterrâneo e do mar Negro, devido: ao aumento populacional; à
situação de miséria dos camponeses e artesãos; à insuficiente produção
agrícola. Tal colonização gerou a difusão da cultura grega e a expansão das
trocas marítimas.
Ä Guerras Médicas ou Guerras Persas: união das cidades
gregas para enfrentar o ataque dos persas, com vitórias sucessivas n Batalhas
de Maratona, Batalha Naval de Salamina e na Batalha de Platéia.
Ä Liga de Delos: união de Atenas com as ilhas e cidades da Ásia
Menor para combater os persas. Com o passar do tempo, Atenas transforma as
contribuições, oferecidas para combater os persas, em tributos obrigatórios. É
o imperialismo ateniense. É o governo de Péricles, período marcado pelo
esplendor de Atenas e pela consolidação de suas instituições democráticas.
Ä Guerra do
Peloponeso: conflito entre Atenas e Esparta. Esparta, com o apoio das
cidades-Estado inimigas de Atenas Corinto, Tebas, Mégara), forma a Liga do Peloponeso. Atenas perde a guerra, tendo sua frota marítima
aniquilada, perdido colônias fora da Ática e obrigada a aceitar um governo
aristocrático apoiado pelos espartanos. Esparta e Tebas impõem-se sobre outras
cidades gregas, impondo-lhes governantes ligados à aristocracia.
Posteriormente, os espartanos acabam submetendo os tebanos.
Ä Batalha de Leutras
(371 a .C.):
Tebas revolta-se e vence Esparta, iniciando um período de dominação sobre os
demais gregos.
4.
Período
Helenístico (século IV a.C. a I a.C.)
Ä Filipe II, da
Macedônia, aproveita-se da fraqueza dos gregos, provocada pelas constantes
lutas, conquista a Grécia na Batalha de Queronéia (338 a .C.). Após sua morte,
Alexandre, seu filho, conquista a Ásia Menor, o Egito, a Mesopotâmia e regiões
da Índia. Começa o período helenístico.
CULTURA DA GRÉCIA ANTIGA
Ä Filosofia - os gregos buscaram a explicação racional para
explicar as coisas que existiam no mundo, diferentemente das lendas, dos mitos
ou da religião. Assim, nasce a filosofia (filos: amor; sofia: sabedoria).
Destacam-se os seguintes filósofos: Sócrates, Platão e Aristóteles. Da
filosofia, surgiram ramos especializados para os estudo dos fenômenos da
natureza: física, química, matemática, biologia, medicina, astronomia, ...
Destacam-se, ainda, Hipócrates, pai das medicina; tales de mileto e Pitágoras,
grandes matemáticos; Heródoto, pai da história.
Ä Literatura –
aperfeiçoaram o alfabeto fenício; difundiram a lírica, a epopéia e o drama, dos
quais derivaram o romance, a novela, o ensaio, a biografia, ...
Ä Religião - era politeísta; deuses com formas humanas; havia também semideuses; criaram a mitologia, relatando a vida dos deuses e semideuses. Alguns deuses: Zeus, Hera, Ares, Atena, Afrodite, Apolo, Dionísio, ...
Ä Teatro – criaram a
tragédia e a comédia. Usavam máscaras nos espetáculos, chamadas de personas.
Apenas os homens encenavam. Destacam-se: Ésquilo, com prometeu acorrentado; Sófocles,
com Édipo rei, Antígona; Eurípedes, com medeia, Alceste; Aristófanes, com as
nuvens.
Ä Arquitetura –
destacam-se os templos, com forma retangular e colunas de diferentes estilos
(dórico, jônico e coríntio).
Ä Escultura – era
para decorar ou complementar os templos, com figuras humanas sendo retratadas,
constituindo modelos idealizados de perfeição física.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
PERSAS - Texto
OS PERSAS
Ciro
unificou medos e persas, lançando as bases do seu império desde o rio Indo, na
Índia, até o norte da Grécia, incluindo a Mesopotâmia.
A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO
- O império era governado, em seu auge, por
Dario I. As províncias eram chamadas de satrapias.
- O Império Persa era dividido em vinte
satrapias, cada uma governada pelos sátrapas, altos funcionários reais,
para administrá-las. Com a intenção de não dar poderes absolutos aos
sátrapas, nomeou para cada província um general e um secretário,
subordinados diretamente ao imperador.
- O sátrapa era responsável pela
arrecadação dos impostos em seu território. Uma parte dos tributos ele
usava para manter a administração e o exército, a outra, ele enviava para
o rei.
- A riqueza para sustentar o enorme império
era fornecida por camponeses livres, que viviam em comunidades e pagavam
impostos ao imperador. Havia também o trabalho escravo, mas a maioria dos
trabalhadores não pertencia a essa categoria.
- Altos funcionários eram enviados,
seguidamente, às satrapias, para fiscalização e para evitar traições. Eram
os “olhos e ouvidos” do imperador.
- A adoção da língua aramaica em todos os
documentos oficiais, o adoção de um eficiente sistema de correios a cavalo
e a construção de uma rede de estradas favoreceu a administração do grande
império. Ao
mesmo tempo em que a rede de estradas garantia um melhor deslocamento aos
exércitos, também servia de apoio no desenvolvimento das atividades
comerciais.
- Não havia uma capital única no Império e
sim várias cidades que se transformavam em centros políticos, de onde o
rei governava temporariamente: Susa, Persépolis, Babilônia e
Ecbátana.
- Os imperadores persas não proibiam os
costumes, as leis, as religiões as línguas nativas dos povos conquistados.
E concediam alguma autonomia para as classes altas, que governavam
as regiões dominadas. Mas os persas exigiam, em troca, homens para seu
exército, alimentos e metais preciosos.
- Um exemplo da tolerância persa:
depois de tomar a Babilônia, Ciro restitui a liberdade aos
Hebreus, livrando-os do “Cativeiro da Babilônia”, e lhes deu
o mobiliário do Templo de Jerusalém, pilhado por
Nabucodonosor.
- A política no Estado persa era toda
dominada e feita pelo imperador (rei), soberano absoluto que mandava e
controlava tudo e todos. O rei era considerado quase um deus. Governava
por ordem de deus na Terra. Desta forma, o poder era considerado de
direito divino (Teocracia).
- Como no Egito, a agricultura era a base
de sua economia e dependia das cheias dos rios Tigre e Eufrates. O
controle das atividades econômicas era exercido pelo Estado. Plantava-se a
cevada, o trigo e o centeio.
A SOCIEDADE
- A sociedade persa era dividida em rígidas
camadas sociais. No topo da sociedade estava o rei, abaixo do rei estavam
os sacerdotes, A nobreza e os grandes comerciantes.
- Depois, a camada média da população
(pequenos comerciantes, artesãos e soldados).
- Os camponeses, considerados homens livres,
formavam outro grupo social. Estes viviam miseravelmente, muito explorados
e eram obrigados a entregar quase tudo o que produziam para os donos das
terras. Eram obrigados também a prestar serviços na construção de palácios
e de obras públicas (canais de irrigação, estradas, etc.).
- Por último, vinham os escravos,
aprisionados nas conquistas militares, formavam um grupo numeroso, que
executavam os trabalhos mais pesados na construção de palácios e obras
públicas.
A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO
- Dario é derrotado, na Grécia, na Batalha
de Maratona (490 A.C.), pelos atenienses.
- Em 330 A.C., os persas, liderados por
Xerxes e seu filho Artaxerxes, são derrotados por Alexandre
Magno, da Macedônia
A RELIGIÃO
A religião era dualista: havia a luta entre o bem – Ormuz (ou Ahura-Mazda) – e o mal – Arimã,
fundada por Zoroastro ou Zaratrusta.
Os princípios básicos da religião estão contidos no livro sagrado
“Zend-Avesta”.
Ormuz não tinha imagem, sendo simbolizado pelo fogo. Era o deus da
luz e criador das coisas boas da Terra
Arimã é representado por uma serpente. Era o responsável pelas
doenças e pelas desgraças do mundo, sendo o deus das trevas.
O zoroastrismo valoriza o livre-arbítrio do homem, isto é, cada pessoa
era livre para escolher entre o bem e o mal. Mas, no dia do Juízo Final,
responderia pelas consequências de sua escolha.
O Juízo Final chegaria quando os dois deuses se enfrentariam e seria o momento
onde todos os homens seriam julgados por seus atos.
Portanto, segundo o zoroastrismo, o dever das pessoas é praticar o bem e a
justiça, para que, no dia do Juízo Final, Ormuz seja vitorioso e, assim o bem
prevaleça sobre o mal. Além disso, aos bons estava reservada a vida eterna no
paraíso.
Portanto, também acreditavam também na imortalidade da alma e na ressurreição
dos mortos.
Na Pérsia não existiam templos ou cultos. Zoroastro acabou com as crenças nos
antigos ídolos ao demonstrar que a verdade e a pureza eram expressões do
próprio culto.
Algumas características do zoroastrismo influenciaram outras
religiões, como o cristianismo e o judaísmo. No cristianismo, por exemplo,
encontram-se presentes as ideias de Juízo Final, do paraíso e da divisão entre
bem e mal.
Algumas virtudes recomendadas pelo zoroastrismo, como o cumprimento às
obrigações de trabalho, obediência aos governantes, criação de muitos filhos e
cultivo da terra, serviam também para convencer a camada mais inferior da
sociedade persa a não se revoltar contra a situação de exploração a que vivia
submetida. Essa concepção religiosa acabou por se transformar em importante
fator de controle político e social por parte dos reis e da aristocracia persa.
A CULTURA
As criações artísticas e intelectuais sofreram influência das culturas dos povos
vizinhos. Os persas optaram a
princípio pela escrita cuneiforme, inventada pelos sumérios, que depois foi
substituída por uma escrita alfabética. Adotaram o uso de moeda (o dárico),
visando ao desenvolvimento do comércio.
Na arquitetura, os persas usaram como modelo as construções babilônicas e
egípcias, embora os grandes monumentos persas não fossem templos – como no
Egito e na Mesopotâmia – e sim palácios reais.
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