domingo, 4 de agosto de 2013

Império Romano - Texto

ROMA ANTIGA

1.     MONARQUIA (753 A 509 A.C.)
Ä  Roma era uma aldeia sob a influência dos gregos e etruscos, caracterizada como sendo um genos.
Ä  A propriedade dos bens era coletiva, havia solidariedade entre os membros, havia o direito de eleger o “pater”, chefe da comunidade, e de depô-lo. O conjunto de dez genos formava uma “cúria”; dez cúrias formavam uma tribo, comandada por um chefe eleito.
Ä  Havia o Senado (composto por velhos cidadãos, que podiam propor leis e fiscalizar a ação do rei), a Assembléia Curial (guerreiros, que podiam aprovar ou rejeitar leis, eleger os altos funcionários, aclamar o rei e julgar casos em última instância) e o Rei (era eleito e comandava o exército, a religião e a justiça.
Ä  Com o passar do tempo, formaram novos grupos sociais: os patrícios (descendentes dos primeiros romanos, tinham todos os direitos políticos de um cidadão. Era grandes proprietários de terras e gado); os clientes (homens livres que serviam aos patrícios, sem direitos políticos), os plebeus (homens livres, sem direitos políticos e que sustentavam-se por conta própria, como comerciantes, artesãos e agricultores, ou serviam no exército) e os escravos (prisioneiros de guerra, sendo seu trabalho importantíssimo na economia romana.

2.    REPÚBLICA ROMANA (509 A 31 A.C.)
Ä  Estrutura de poder: Senado (300 cidadãos com cargo vitalício), Assembléia dos Cidadãos (formada pelos Comícios Curial, Centurial e Tribal) e Magistratura (altos funcionários eleitos pela Assembléia dos Cidadãos, tendo os seguintes nomes: dois cônsules, pretores, censores, edis, questores e ditador, eleito em casos de guerra, com plenos poderes).
Ä  Rebelião de escravos: Revolta da Sicília (136 a 132 a.C.) e Revolta de Cápua (73 a 71 a.C.), liderada por Spartacus. As duas foram duramente reprimidas.
Ä  Rebeliões da plebe: em 494 a.C. os plebeus organizam-se e saem de Roma, dirigindo-se ao monte Alventino. Os patrícios lhes concede: o Comício da Plebe, presidido pelos Tribunos da Plebe (com poderes de vetar a aprovação de quaisquer decisões do Estado); A Lei das Doze Tábuas (leis escritas, válidas para patrícios e plebes); Lei Canuléia (autorizava o casamento entre patrícios e plebeus); eleição de magistrados (facilitou o acesso dos plebeus aos cargos da Magistratura) e fim da escravidão por dívidas
Ä  Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.): guerras contra  Cartago, cidade de origem fenícia, localizada no norte da África. Roma derrota Cartago e domina o Mediterrâneo, além de acabar com o forte rival em termos comerciais. Os romanos passam a chamar o Mediterrâneo de “Mare Nostrum”.
Ä  Conseqüências da expansão imperialista de Roma: surgimento de novos grupos sociais (cavaleiros ou homens novos: enriquecidos com o comércio ou empréstimos a juros; proletários: camadas pobres urbanas, que surgem graças ao êxodo rural: como não tinham como competir com os latifúndios escravistas, são obrigados a abandonar suas terras e dirigirem-se para as cidades); aumento da riqueza dos patrícios (graças à expansão comercial, à conquista de mais terras e escravos)
Ä  Com da tensão social entre os diversos grupos, os governantes Tibério e, depois Caio, criaram: a Lei Agrária ( limitava o crescimento dos latifúndios e obrigava o Estado a distribuir parte das terras aos pobres); Lei Judiciária ( permitia aos cavaleiros serem juizes no Tribunal do Júri) e Lei Frumental (concedia pão, dos armazéns do Estado, por preços inferiores, aos pobres). Por pressão dos grupos dominantes, só conseguiram manter-se a Lei Judiciária e a Lei Frumentária.
Ä  Diversos chefes militares lutam pelo poder: Caio Mário (tornou-se cônsul e instituiu o pagamento de salário (soldo) aos soldados profissionais; Cornélio Sila (instituiu um governo ditatorial impopular); Primeiro Triunvirato (governam Pompeu, Crasso e Júlio César. Crasso é assassinato. Júlio César torna-se ditador único de Roma);
Ä  O governo de Júlio César: reorganizou político-administrativamente Roma, distribuiu terras entre os soldados, construiu grandes obras públicas, ... Acusando-o de pretender acabar com a República e tornar-se um rei, um grupo de senadores o assassina em 15 de março de 44 a.C.).
Ä   Segundo Triunvirato: Marco Antônio, Otávio e Lépido governam o Império. Lépido foi forçado a retirar-se do poder. Otávio acusa Marco Antônio de pretender formar um império no Oriente, desmembrando parte do Império. Otávio consegue apoio do Senado, derrota seu oponente e torna-se o grande senhor de Roma.

3.    O IMPÉRIO (27 A.C. A 476 D.C.)
Ä  Otávio concentra todo o poder, assumindo os títulos de Augusto (título de honra, concedido a certos deuses), Princeps (primeiro cidadão de Roma), Imperator (comandante absoluto do exército), Pontifex Maximus (sacerdote máximo da religião), Tribunus Protestas (poder de tribuno para a vida toda) e Pater patrie (pai da pátria).
Ä  O imperador dividiu as províncias em: senatoriais (regiões pacificadas, governadas por senadores habilitados) e imperiais (regiões mais instáveis, lideradas por governadores escolhidos diretamente por Otávio).
Ä  A excessiva exploração das províncias diminuiu; o exército foi encarregado de garantir a paz dentro das fronteiras do império, cessando as conquistas (Pax Romana), ao mesmo tempo que sufocava as revoltas internas; profissionalizou-se o exército.
Ä  Após a morte de Otávio, em 14 d.C., sucederam-se quatro dinastias de imperadores, dentro do período de esplendor de Roma, conhecido como Alto Império (27 a.C. a 235 d.C.).
Ä  Terminado o Alto Império, começa um período que foi marcado pela decadência romana: o Baixo Império (235 a 476 d.C).
Ä  Causas do fim do Império Romano: como as conquistas militares haviam cessado, O Império começou a sofrer com a falta de mão-de-obra escrava, gerando uma crise econômica em todos os setores onde eles eram empregados. O escravo começou a ser substituído pelo colonato (arrendamento de terras a camponeses), ao mesmo tempo que o comércio, o artesanato e a produção agrícola diminuem sensivelmente..Com a crise, as cidades esvaziam-se e a economia sofre um processo de ruralização, em que as propriedades rurais passam a ser auto-suficientes. O Estado fica sem ter como arrecadar os impostos para manter seus funcionários e até seu próprio exército. Sem ter saída, o Estado aumenta ainda mais os impostos. Desordens, tumultos e saques surgem cada vez mais, devido ao desemprego à fome e à falta de apoio do Estado. Externamente, o Império começou a sofrer as invasões dos diversos povos “bárbaros” que ficavam foram dos limites romanos.
Ä   Fim de melhor ser administrado, o Império é dividido em 395 d.C., por Teodósio: Império Romano do Ocidente, com sede em Roma, e Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla.
Ä  Em 476, o último imperador do Império Romano do Ocidente, Rômulo Augusto, foi deposto por Odoacro, rei dos hérulos. Era a queda de Roma. O Império Romano do Oriente ainda conseguiu sobreviver até 1453, ano em que os turcos conseguem tomar Constantinopla.

CULTURA DA ROMA ANTIGA
Direito – buscava regular, por meio de normas jurídicas, o comportamento social da numerosa população do império. Direito público: referia-se às relações públicas em que o estado atuava como parte. Direito privado: referia-se às relações jurídicas entre particulares.

Latim – deu origem às línguas portuguesa, francesa, italiana, espanhola e romena. Expressões usadas até hoje: data venia (com a devida licença); dura lex, sed lex (a lei é dura, mas é a lei); in dubio pro reus (de houver dúvida no momento da decisão, o juiz deve decidir em favor do réu); ...

Literatura – buscava-se a perfeição na forma de apresentação, isto é, a beleza e a elegância do estilo literário, ao invés da criação original. Destacam-se: Virgílio (Eneida), Horácio, Ovídio, Cícero, Catulo e o historiador Tito Lívio.

Arquitetura – construíram termas, basílicas, circos, aquedutos, templos religiosos, palácios, ..., com características monumentais e imponentes. Pontes e estradas interligavam todo o império.

Escultura – destacam-se os bustos (cabeça ou busto), estátuas eqüestres. Preocupação em conseguir a reprodução mais fiel possível da realidade e não a idealização dos modelos, como faziam os gregos.

Teatro – eram realizadas, sátiras, tragédias e pantomimas. Destacam-se Plauto, Terêncio, Lívio, Andrônico, entre outros.

Pão e circo – a fim de controlar a massa da população empobrecida, evitando revoltas, o estado romano oferecia pão gratuitamente e circo, onde eram realizados espetáculos sangrentos envolvendo gladiadores e feras. Destaca-se o circo coliseu. Também havia acrobacias realizadas por ginastas e equilibristas, além de corridas de cavalos atrelados a bigas.

Religião – politeístas; deuses com formas humanas; assimilaram dos gregos uma série de divindades, apenas mudando-lhes os nomes (Zeus era Júpiter, Atena era Minerva, Afrodite era Vênus, Ares era Marte, ...). No período imperial, passou-se a venerar a figura do imperador, que depois da morte passava a ocupar lugar entre os deuses tradicionais.


Cristianismo – os discípulos de Jesus levaram difundiram sua crença em todo o império. Alcançando grande aceitação entre os pobres e os escravos, o cristianismo não aceitava a religião oficial de Roma e nem o culto à figura do imperador, além da recusa a servir no exército pagão dos romanos. Por isso, muitos foram perseguidos no império e lançados à arena para diversão da população. Mas o cristianismo cresce tanto que, em 313 o imperador Constantino concede liberdade religiosa a todos os cristãos através do Édito de Milão. Em 391 o cristianismo torna-se a religião oficial de Roma e organizou-se a igreja católica, que construiu sua hierarquia tendo como modelo a estrutura administrativa do império.

Powerpoint - Império Romano

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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Grécia Antiga - Exercícios

QUESTÕES SOBRE A GRÉCIA ANTIGA

ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

1. Sobre a economia da Grécia Antiga é verdadeiro afirmar que:
A - Os gregos nunca usaram moedas e toda economia era baseada no sistema de trocas.
B - Os gregos possuíam uma economia fechada, as relações comerciais eram restritas às cidades-estados gregas.
C - O trabalho assalariado era o mais comum na Grécia Antiga, pois o escravismo nunca foi adotado já que era proibido em todo território grego.
D - O comércio marítimo foi uma das principais atividades econômicas da Grécia Antiga.

2. Sobre a religião grega é falso afirmar que:
A - Os gregos antigos eram monoteístas, ou seja, acreditavam na existência de apenas um deus.
B - Os gregos antigos eram politeístas, ou seja, acreditavam na existência de vários deuses.
C - Os gregos antigos faziam consultas aos deuses no oráculo de Delfos.
D - Em homenagem aos deuses, principalmente a Zeus (deus dos deuses), os gregos criaram os Jogos Olímpicos.

3. Qual das alternativas abaixo aponta uma importante característica da cultura na Grécia Antiga?
A - As artes plásticas na Grécia Antiga não apresentou grande valor artístico, pois as esculturas e pinturas não eram realistas.
B - A arquitetura grega foi a principal manifestação cultura da Grécia Antiga, pois recebeu muita influência dos egípcios e mesopotâmicos.
C - O teatro foi uma importante manifestação cultural na Grécia Antiga. Nos anfiteatros, os atores gregos representavam comédias e dramas.
D - No campo cultural, os gregos se dedicaram quase que exclusivamente às danças e festas musicais.

4. Uma das principais cidades-estados da Grécia Antiga foi Esparta. Qual das alternativas abaixo apresenta características de Esparta?
A - Esparta foi uma cidade-estado que se dedicou muito no desenvolvimento intelectual e artísticos dos seus cidadãos.
B - Fundada pelos Dórios, Esparta era uma cidade-estado militarista e com uma sociedade estamental (pouca mobilidade social).
C - Esparta foi uma cidade pacífica, sendo que não se envolveu em nenhuma guerra em toda sua História.
D - Esparta foi fundada pelos jônios e teve no comércio marítimo e na indústria suas principais atividades econômicas.

5. Atenas foi uma importante cidade-estado grega na antiguidade. Qual das alternativas abaixo aponta características importantes da sociedade ateniense.
A - Atenas foi uma cidade exclusivamente voltada para a guerra.
B - Em Atenas todas as pessoas podiam participar da democracia, inclusive escravos, mulheres e crianças.
C - Os atenienses valorizavam muito a democracia, as manifestações artísticas e a Filosofia.
D - Atenas possuía uma sociedade igualitária, ou seja, não havia classes sociais e todos viviam com o mesmo padrão de renda.

6. Na antiguidade clássica, as cidades-estados representavam
A - uma forma de garantir territorialmente a participação ampla da população na vida política grega.
B - um recurso de expansão das colônias gregas.
C - uma forma de assegurar a independência política das cidades gregas entre si.
D - uma característica da civilização helenística no sistema político grego.
E - uma instituição política helenística no sistema político grego.

7. Atenas foi considerada o berço do regime democrático no mundo antigo. Sobre o regime democrático ateniense, é CORRETO afirmar que:
A.           Era baseado na eleição de representantes para as Assembleias Legislativas, que se reuniam uma vez por ano na Ágora e deliberavam sobre os mais variados assuntos.
B.           Apenas os homens livres eram considerados cidadãos e participavam diretamente das decisões tomadas na Cidade-Estado.
C.           Os estrangeiros e mulheres maiores de 21 anos podiam participar livremente das decisões tomadas nas assembleias da Cidade-Estado.
D.           Era erroneamente chamado de democrático pois negava a existência de representantes eleitos pelo povo.
E.           A inexistência de escravos em Atenas levava a uma participação quase total da população da Cidade-Estado na política.

8. Foram características econômicas e sociais da Cidade-Estado Esparta, no período Arcaico:
A.           a posição do indivíduo na comunidade era definida pelo seu grau de parentesco com o patriarca e sua economia era natural e coletivista.
B.           as classes sociais ligadas ao comércio, ao mesmo tempo que adquiriam maior poder econômico, procuravam ampliar seu domínio social.
C.           a existência de uma oligarquia aristocrática, que monopolizava o poder militar, político e religioso, culturalmente arcaica, sem atividades mercantis.
D.           a proibição da escravidão por dívidas pela oligarquia dominante estimulou a vinda para a cidade de artesãos estrangeiros, a fim de promover o comércio e atividades culturais.
E.           cidade marítima dominada por camponeses proprietários de minifúndios, que permitia aos estrangeiros, Metecos, a realização de atividades culturais.


QUESTÕES DISSERTATIVAS.

1.            Cite três características da pólis grega.
2.           Identifique os dois principais modelos de cidade-estado desenvolvidos na Grécia.
3.           Cite uma característica da democracia grega que a diferencie da democracia atual.
4.           Esparta, estruturada politicamente num modelo oligárquico e militarista; e Atenas, como modelo democrático. Em ambos os casos, as cidades vivenciaram diferentes formas de  organização política até se configurarem como modelos das pólis gregas. Quais foram as diferenças entre essas pólis?
5.           A sociedade grega se caracterizava pela ausência de diferenças sociais. Essa frase é verdadeira? Justifique.
6.           A pobreza do solo grego e a necessidade de novas terras para suprir suas necessidades geraram quais consequências para os antigos gregos?
7.           Caracterize a arte grega.
8.           Caracterize a religião grega.
9.           Caracterize a filosofia grega.
10.         Caracterize as olimpíadas gregas.
11.          Caracterize o teatro grego.


Grandes Civilizações - Grécia Antiga - Parte 2

https://www.youtube.com/watch?v=doxB3VIHcLI

Grandes Civilizações - Grécia Antiga - Parte 1

https://www.youtube.com/watch?v=ruKDUCCxxvU

Texto - Grécia Antiga

GRÉCIA ANTIGA

1.     Período Micênico (século XV a século VIII C.)
Os poemas de Homero – a Ilíada e a Odisséia – são as principais fontes históricas desse período, além das descobertas arqueológicas. Período marcado por invasões de aqueus, jônios, eólios e dórios no mundo grego. Organizaram-se em genos (clãs patriarcais, reuniões de famílias que descendiam de um mesmo antepassado e adoravam o mesmo deus), baseados na solidariedade entre seus membros e propriedade coletiva da terra, além de serem chefiados pelos patriarcas (descendente masculino mais direto do antepassado comum). A união de diferentes genos dava origem às fratrias; a reunião dessas dava origem às tribos, que obedecia ao comando de um basileu. O basileu era auxiliado por um Conselho (Bulé: chefes dos genos) e pela Assembléia do Povo (Ágora: guerreiros adultos). Com o passar do tempo, o direito de herança paterna, o surgimento de uma nobreza hereditária e a generalização do regime escravista (por guerras e dívidas) levaram à existência da propriedade privada e ao aprofundamento das diferenças sociais entre os gregos. Começam a surgir as cidades-Estado, independentes umas das outras.

2.    Período Arcaico (século VIII a século VI a.C.)
Ä  Drácon: impôs leis escritas, acabando com as vendetas (lutas entre famílias por vingança).
Ä  Sólon: libertou os todos cidadãos transformados em escravos por dívidas, eliminou as hipotecas por dívidas e dividiu a sociedade de acordo com o padrão de renda dos indivíduos.
Ä  Destacam-se as cidades-Estado de Esparta e Atenas:

ESPARTA
ATENAS
§  O governo era exercido por uma Diarquia (dois reis). Estes tinham a funções militares e religiosas, mas era limitados pelos éforos (cada um dos cindo membros do conselho de administradores do Estado), pela Ápela (assembléia dos cidadãos com mais de 30 anos) e pela Gerúsia (tinha o poder supremo, composta pelos dois reis e 28 esparciatas com idade superior a 60 anos). Portanto, era um governo de poucos: uma oligarquia.
§  Governo composto pela Bulé (500 conselheiros sorteados, com funções administrativas e formulação de leis), pela Eclésia (Assembléia formada pelos cidadãos, que aprovava as leis) e pelos estrategos (dez generais escolhidos pela Bule e com funções militares). Caracterizava uma democracia, mas da minoria da população (10%), isto é, era uma democracia elitista, patriarcal e escravista. Atenas é considerada o berço da democracia, criada por Clístenes.
§  Havia os ostracismo: suspensão dos direitos políticos e exílio por dez anos dos cidadãos considerados perigosos na cidade-estado.
§  Esparciatas: cidadãos espartanos ligados ao exército e à vida pública, sendo proibidos de exercerem o comércio.
§  Periecos: homens livres, sem direitos políticos.
§  Hilotas: servos dos esparciatas, presos à terra
§  Eupátridas: homens adultos, nascidos em Atenas e filhos de pais atenienses, tendo todos os direitos políticos.
§  Metecos: estrangeiros, sem direitos políticos e proibidos de terem terras.
§  Escravos: prisioneiros de guerra ou por dívidas.
§  Educação voltada párea a guerra. Desde os sete anos os meninos eram ensinados as táticas de guerra e a manejar armas.
§  As mulheres deviam gerar filhos fortes e saudáveis.
§  Os meninos, desde os sete anos, aprendiam exercícios físicos, música, filosofia, poesia, ...
§  As mulheres eram educadas para serem boas mães, donas-de-casa e respeitarem seus maridos.

3.    Período Clássico (século VI a século IV a.C.)
Ä  Período da formação de colônias gregas (Bizâncio, Marselha, Nápoles, ...) em diversas áreas do litoral do Mediterrâneo e do mar Negro, devido: ao aumento populacional; à situação de miséria dos camponeses e artesãos; à insuficiente produção agrícola. Tal colonização gerou a difusão da cultura grega e a expansão das trocas marítimas.
Ä  Guerras Médicas ou Guerras Persas: união das cidades gregas para enfrentar o ataque dos persas, com vitórias sucessivas n Batalhas de Maratona, Batalha Naval de Salamina e na Batalha de Platéia.
Ä  Liga de Delos: união de Atenas com as ilhas e cidades da Ásia Menor para combater os persas. Com o passar do tempo, Atenas transforma as contribuições, oferecidas para combater os persas, em tributos obrigatórios. É o imperialismo ateniense. É o governo de Péricles, período marcado pelo esplendor de Atenas e pela consolidação de suas instituições democráticas.
Ä  Guerra do Peloponeso: conflito entre Atenas e Esparta. Esparta, com o apoio das cidades-Estado inimigas de Atenas Corinto, Tebas, Mégara), forma a Liga do Peloponeso. Atenas perde a guerra, tendo sua frota marítima aniquilada, perdido colônias fora da Ática e obrigada a aceitar um governo aristocrático apoiado pelos espartanos. Esparta e Tebas impõem-se sobre outras cidades gregas, impondo-lhes governantes ligados à aristocracia. Posteriormente, os espartanos acabam submetendo os tebanos.
Ä  Batalha de Leutras (371 a.C.): Tebas revolta-se e vence Esparta, iniciando um período de dominação sobre os demais gregos.

4.    Período Helenístico (século IV a.C. a I a.C.)
Ä  Filipe II, da Macedônia, aproveita-se da fraqueza dos gregos, provocada pelas constantes lutas, conquista a Grécia na Batalha de Queronéia (338 a.C.). Após sua morte, Alexandre, seu filho, conquista a Ásia Menor, o Egito, a Mesopotâmia e regiões da Índia. Começa o período helenístico.

CULTURA DA GRÉCIA ANTIGA
Ä  Filosofia -  os gregos buscaram a explicação racional para explicar as coisas que existiam no mundo, diferentemente das lendas, dos mitos ou da religião. Assim, nasce a filosofia (filos: amor; sofia: sabedoria). Destacam-se os seguintes filósofos: Sócrates, Platão e Aristóteles. Da filosofia, surgiram ramos especializados para os estudo dos fenômenos da natureza: física, química, matemática, biologia, medicina, astronomia, ... Destacam-se, ainda, Hipócrates, pai das medicina; tales de mileto e Pitágoras, grandes matemáticos; Heródoto, pai da história.
Ä  Literatura – aperfeiçoaram o alfabeto fenício; difundiram a lírica, a epopéia e o drama, dos quais derivaram o romance, a novela, o ensaio, a biografia, ...
Ä   Religião - era politeísta; deuses com formas humanas; havia também semideuses; criaram a mitologia, relatando a vida dos deuses e semideuses. Alguns deuses: Zeus, Hera, Ares, Atena, Afrodite, Apolo, Dionísio, ...
Ä  Teatro – criaram a tragédia e a comédia. Usavam máscaras nos espetáculos, chamadas de personas. Apenas os homens encenavam. Destacam-se: Ésquilo, com prometeu acorrentado; Sófocles, com Édipo rei, Antígona; Eurípedes, com medeia, Alceste; Aristófanes, com as nuvens.
Ä  Arquitetura – destacam-se os templos, com forma retangular e colunas de diferentes estilos (dórico, jônico e coríntio).
Ä  Escultura – era para decorar ou complementar os templos, com figuras humanas sendo retratadas, constituindo modelos idealizados de perfeição física. 
  

Powerpoint - Grécia Antiga - Parte 2

Powerpoint - Grécia Antiga - Parte 2

Powerpoint - Grécia Antiga - Parte 1

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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Mesopotâmia - Parte 1 - Grandes Civilizações

http://www.youtube.com/watch?v=PJvsAI-5J0k

Persas - Parte 1 - Grandes Civilizações

http://www.youtube.com/watch?v=CdOkZH52ADU

Persas - Parte 2 - Grandes Civilizações

http://www.youtube.com/watch?v=ehncGBuGxs0

Hebreus - Parte 2 - Grandes Civilizações

http://www.youtube.com/watch?v=U5YE3Z3i3QA

Hebreus - Parte 1 - Grandes CFivilizações

http://www.youtube.com/watch?v=k7i1du9g_HE

Egito - Parte 2 - Grandes Civilizações

http://www.youtube.com/watch?v=bTe-N9YVo5U

Egito - Parte 1 - Grandes Civilizações

http://www.youtube.com/watch?v=rm7TNh2Z_pA

Mesopotâmia - Parte 2 - Grandes Civilizações

http://www.youtube.com/watch?v=p9WXqKdoTDE

PERSAS - Texto






OS PERSAS

 Ciro unificou medos e persas, lançando as bases do seu império desde o rio Indo, na Índia, até o norte da Grécia, incluindo a Mesopotâmia.

A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO

  • O império era governado, em seu auge, por Dario I. As províncias eram chamadas de satrapias.
  • O Império Persa era dividido em vinte satrapias, cada uma governada pelos sátrapas, altos funcionários reais, para administrá-las. Com a intenção de não dar poderes absolutos aos sátrapas, nomeou para cada província um general e um secretário, subordinados diretamente ao imperador.
  • O sátrapa era responsável pela arrecadação dos impostos em seu território. Uma parte dos tributos ele usava para manter a administração e o exército, a outra, ele enviava para o rei.
  • A riqueza para sustentar o enorme império era fornecida por camponeses livres, que viviam em comunidades e pagavam impostos ao imperador. Havia também o trabalho escravo, mas a maioria dos trabalhadores não pertencia a essa categoria.
  • Altos funcionários eram enviados, seguidamente, às satrapias, para fiscalização e para evitar traições. Eram os “olhos e ouvidos” do imperador.
  • A adoção da língua aramaica em todos os documentos oficiais, o adoção de um eficiente sistema de correios a cavalo e a construção de uma rede de estradas favoreceu a administração do grande império.  Ao mesmo tempo em que a rede de estradas garantia um melhor deslocamento aos exércitos, também servia de apoio no desenvolvimento das atividades comerciais. 
  • Não havia uma capital única no Império e sim várias cidades que se transformavam em centros políticos, de onde o rei governava temporariamente: Susa, Persépolis, Babilônia e Ecbátana.
  • Os imperadores persas não proibiam os costumes, as leis, as religiões as línguas nativas dos povos conquistados. E concediam alguma autonomia  para as classes altas, que governavam as regiões dominadas. Mas os persas exigiam, em troca, homens para seu exército, alimentos e metais preciosos.
  • Um exemplo da tolerância persa: depois de tomar a Babilônia, Ciro restitui a liberdade aos Hebreus, livrando-os do “Cativeiro da Babilônia”, e lhes deu o mobiliário do Templo de Jerusalém, pilhado por Nabucodonosor. 
  • A política no Estado persa era toda dominada e feita pelo imperador (rei), soberano absoluto que mandava e controlava tudo e todos. O rei era considerado quase um deus. Governava por ordem de deus na Terra. Desta forma, o poder era considerado de direito divino (Teocracia).
  • Como no Egito, a agricultura era a base de sua economia e dependia das cheias dos rios Tigre e Eufrates. O controle das atividades econômicas era exercido pelo Estado. Plantava-se a cevada, o trigo e o centeio.

A SOCIEDADE

  • A sociedade persa era dividida em rígidas camadas sociais. No topo da sociedade estava o rei, abaixo do rei estavam os sacerdotes, A nobreza e os grandes comerciantes.
  • Depois, a camada média da população (pequenos comerciantes, artesãos e soldados).
  • Os camponeses, considerados homens livres, formavam outro grupo social. Estes viviam miseravelmente, muito explorados e eram obrigados a entregar quase tudo o que produziam para os donos das terras. Eram obrigados também a prestar serviços na construção de palácios e de obras públicas (canais de irrigação, estradas, etc.).
  • Por último, vinham os escravos, aprisionados nas conquistas militares, formavam um grupo numeroso, que executavam os trabalhos mais pesados na construção de palácios e obras públicas.


A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO

  • Dario é derrotado, na Grécia, na Batalha de Maratona (490 A.C.), pelos atenienses.
  • Em 330 A.C., os persas, liderados por Xerxes e seu filho Artaxerxes, são derrotados por Alexandre Magno, da Macedônia

A RELIGIÃO

     A religião era dualista: havia a luta entre o bem – Ormuz (ou Ahura-Mazda) – e o mal – Arimã, fundada por Zoroastro ou Zaratrusta.
     Os princípios básicos da religião estão contidos no livro sagrado “Zend-Avesta”.
   Ormuz não tinha imagem, sendo simbolizado pelo fogo. Era o deus da luz e criador das coisas boas da Terra 
   Arimã é representado por uma serpente. Era o responsável pelas doenças e pelas desgraças do mundo, sendo o deus das trevas.
   O zoroastrismo valoriza o livre-arbítrio do homem, isto é, cada pessoa era livre para escolher entre o bem e o mal. Mas, no dia do Juízo Final, responderia pelas consequências de sua escolha.
     O Juízo Final chegaria quando os dois deuses se enfrentariam e seria o momento onde todos os homens seriam julgados por seus atos.
     Portanto, segundo o zoroastrismo, o dever das pessoas é praticar o bem e a justiça, para que, no dia do Juízo Final, Ormuz seja vitorioso e, assim o bem prevaleça sobre o mal. Além disso, aos bons estava reservada a vida eterna no paraíso.
     Portanto, também acreditavam também na imortalidade da alma e na ressurreição dos mortos.
     Na Pérsia não existiam templos ou cultos. Zoroastro acabou com as crenças nos antigos ídolos ao demonstrar que a verdade e a pureza eram expressões do próprio culto.
     Algumas características do zoroastrismo influenciaram outras religiões, como o cristianismo e o judaísmo. No cristianismo, por exemplo, encontram-se presentes as ideias de Juízo Final, do paraíso e da divisão entre bem e mal.
     Algumas virtudes recomendadas pelo zoroastrismo, como o cumprimento às obrigações de trabalho, obediência aos governantes, criação de muitos filhos e cultivo da terra, serviam também para convencer a camada mais inferior da sociedade persa a não se revoltar contra a situação de exploração a que vivia submetida. Essa concepção religiosa acabou por se transformar em importante fator de controle político e social por parte dos reis e da aristocracia persa.

A CULTURA

     As criações artísticas e intelectuais sofreram influência das culturas dos povos vizinhos.        Os persas optaram a princípio pela escrita cuneiforme, inventada pelos sumérios, que depois foi substituída por uma escrita alfabética. Adotaram o uso de moeda (o dárico), visando ao desenvolvimento do comércio.
     Na arquitetura, os persas usaram como modelo as construções babilônicas e egípcias, embora os grandes monumentos persas não fossem templos – como no Egito e na Mesopotâmia – e sim palácios reais.